Acabou! Fica a lista de todas as listas partilhadas ao longo do mês de Agosto. Entro de férias amanhã ,regresso quando acabarem para vos contar o que andei a ler ao longo destes dias. Não se esqueçam que teremos directo no Instagram para o Net Book Club no terceiro fim de semana do mês, já temos novo clássico para o Clube dos Clássicos Vivos e encontro (dia 22 de Setembro, na Feira do Livro no Porto, por volta das 11h.
Um pergunta antes de ir, qual é a tua lista preferida?
O LEDA (List Every Day in August) termina amanhã. Estou bastante satisfeita com os resultados e com o desafio. Hoje faço um balanço geral sobre o projeto, será que valeu a pena?
Antes de do último post, quero agradecer a todos os leitores, participantes, comentadores, visitantes. Adorei fazer este desafio. Vivam as listas! E para o ano, há mais? Deixei de fazer planos a longo prazo. Mas sabem que projetos neste blog nunca faltam, e as ideias borbulham nesta cabeça.
Vou férias, o blog também, mas os livros vão comigo.
Sensação de superação
Não me meto em desafios sem dar tudo de mim. Sem concretizar tudo o que pretendo. Não desisto facilmente e apesar de alguns contratempos consegui trazer sempre uma lista diária. Não há melhor sensação do que esta. Consegui!
Criatividade
Dei asas à imaginação e consegui abordar vários temas. Senti possível transformar todos os meus textos em listas. Testesi vi o que funciona e o que mais agrada aos leitores. Algumas listas ficaram de fora, mas mais dia menos dia irão aparecer por aqui. Precisava de outro mês de LEDA.
Ganhei novos leitores
Obrigada a todos os que passaram por aqui! Foi com uma enorme alegria que vi diariamente o crescimento de visitas em plena epoca alta. Foi realmente inédito.
Conteúdo diário
Ofereci sempre conteúdo diário ao longo do mês. E nunca me senti cansada ou saturada. Escrever é um hábito entranhado que me faz feliz. Preciso de o exercitar, preciso de arranjar um bocadinho para escrever. Não senti qualquer pressão. Vou de férias tranquila, a fazer listas mentalmente. Uma bola de berlim, duas bolas de gelado, e por aí vai.
Feedback
Ah, adorei o vosso feeedback nas redes sociais. Umas listas mais do que outras, claro. Mas é engraçado ver como as listas continuam a ser do interesse geral. E como as listas são tão versáteis.
Trago seis livros ideais para ler antes das férias acabarem. Temos de queimar bem os últimos cartuchos, não é verdade? Nesta lista vais encontrar thrillers alucinantes, mulheres com super poderes, histórias de quase-morte. Para todos os gostos e leitores.
O Terceiro Gémeo, Ken Follett (Editorial Presença)
Ganhou uma nova edição e está um mimo. É uma das minhas leituras neste momento. Tem um ritmo alucinante e um tema interessante. Sabem que tenho uma lista extensa com personagens gémeos para ler, certo? Está aqui a lista. Este fazia parte da lista de desejados.
O Poder, Noami Alderman (Saída de Emergência)
É o livro do nosso clube litetário no Instagram, o Net Book Club. O directo acontece no terceiro fim de semana do mês. Algumas pessoas já lerem, eu ainda nem comecei. Estou tão empolgada. Imaginem as mulheres ganharem um poder especial cheio de choques eletricos. E o que dizer desta edição fabulosa?
SPARK - Uma Centelha na Escuridão, John Hawks (Saída de Emergência)
Um homem que tem uma doença rara, acredita que está morto após um acidente de moto. Síndrome de Cotard. Nunca tinha ouvido falar. Para além disso, ele trabalha nos Serviços Especiais, numa empresa em Nova Iorque com um cargo importantíssimo.Depois temos a Emily que desapareceu da empresa sem deixar rasto. Promete.
O Nome da Morte, Klester Cavalcanti (Editorial Presença)
Depois de assassinar as suas vítimas, Júlio Santana reza dez ave-marias e vinte pai-nossos para pedir perdão pelos crimes que comete. Tem medo de acabar no inferno. Ao longo de 35 anos faz 492 vítimas. Entretanto, foge e decide recomeçar uma vida nova, com uma nova identidade. Acaba por conhecer o Júlio e a vida volta a mudar outra vez.
Monteperdido, Agustín Martínez (Suma de Letras)
Um thriller psicológico sobre o desaparecimento de duas meninas com onze anos após saírem do colégio. A capa também está absolutamente fantástica. Oferece uma narrativa cheia de surpresas e um ritmo cinematográfico. Não podemos perder.
Nada me deixa mais feliz do que encontrar um escritora pelo qual me apaixono perdidamente. Ficar com as suas palavras na cabeça, a matutar, a matutar, com vontade de reler, de comprar tudo o que ela escreveu. Foi o caso recente da Maggie O'Farrell. Comprei o seu último livro por impulso, por causa de uma frase que eu li algures no site de vendas online, e foi uma leitura que me marcou bastante. Alguns livros encontram-nos.
Primeiro, a proposta, a autora agarra em 17 experiências pessoais, onde conviveu de perto com a morte, e narra de forma visceral cada uma. É tudo muito visual, muito real. É como se ela me tivesse pegado ao colo e sentado ao seu lado ao longo de cada memória. Estamos juntas a assistir, de olhos esbugalhados e boca aberta (na maioria dos casos). Segundo, a forma como apresenta cada experiência com uma imagem e o ano, indicado qual será a parte do seu corpo afectada ou colocada em perigo. Terceiro, a escrita, meu deus, a escrita. É simples, a capacidade de agarrar nas palavras sem máscaras. Quarto, tudo.
Não é um livro para agradar a toda a gente, mas em determinado momento o leitor vai sentir alguma conexão. É impossível não acontecer, porque as memórias dos outros, mexem com as nossas. Que mulher nunca foi abordada por um homem na rua, sem sentir o sexto sentido a alertar para o perigo? Que mulher nunca ultrapassou os seus limites e se viu envolta em problemas? Que mulher nunca apanhou profissionais pouco profissionais vendo o seu valor e palavras postas em causa? E as mulheres que perderam um filho, as suas vozes onde andam? E as mulheres que tiverem uma má experiência no parto, porque se calam? E a infância, quando é que percebemos que um dia vamos morrer?
Se deixares passar este livro vais perder um grande livro, uma grande escritora. Este é capaz de ser o meu livro preferido de 2018. Dou por mim a pensar nele todos os dias, a querer escrever daquela forma e ainda a fazer listas das minhas experiências pessoais onde a morte me sussurrou aos ouvidos. Leiam, e se não gostarem, a culpa é vossa, deitados numa redoma de vidro sem pisar os perigos da vida. Viva à vida, estamos vivos!
O título pertence a um excerto do livro A Campânula de Vidro, de Sylvia Plath. Que me parece muito coerente.
"Respirei fundo e ouvi o bater do meu coração
Estou viva, estou viva, estou viva"
Para além do que é dito, a autora tem várias mensagens para passar. Não são apenas histórias. Ora, espreita as entrelinhas, faz uma pausa entre cada texto. Não são apenas histórias.
"Quando és criança ninguém te diz que vais morrer. Tens de descobrir isso por ti. Algumas pistas são: a tua mãe a chorar e depois a fingir que não estava a chorar; não deixarem os teus irmãos virem visitar-te; a expressão de preocupação, gravidade e um certo fascínio com que os médicos olham para ti; a maneira como as enfermeiras se esforçam por não te olharem nos olhos; familiares que vêm de muito longe para te verem."
"Cheguei a casa e limpei tudo da garagem: todos os cobertores de bebé, todos os cestinhos, todas as roupas de grávida foram despachadas para as lojas solidárias. Tinha tido um filho e não ia ter mais. "
"Não ser ouvida, não ter tida em conta, não ser considerada fidedigna a este ponto: não estava preparada para isso. Também me sentia indefesa, bloqueada."
O LEDA (List Every Day in August) está quase a terminar juntamente com o mês de Agosto. Já começo a pensar nos dias que me esperam. Quais são os meus planos para Setembro? Quatro coisas muito simples para não entrar em esforço e aproveitar os últimos dias antes do novo ano lectivo.
Férias
Finalmente chegou a nossa hora. Estamos todos a desejar por estes dias.
Horta em casa
Vou começar a construir a minha pequena hora em casa. Acho que começo pelas plantas aromáticas e alfaces.
Concluir compras
Últimas compras para a organização cá de casa.
Sessão fotográfica
Vou tirar umas fotos giras para mais tarde recordar.
