Laís Bodanzky, a directora deste filme, brinca com a câmara de forma a tornar a experiência de quem está a ver o filme mais agoniante e claustrofóbica. A banda sonora, em alguns momentos, ajuda a intensificar o drama. Durante o internamento do Neto na clínica psiquiátrica, senti uma constante agonia. Por causa dos maus tratos, da indiferença dos pais e sofrimento do próprio Neto. Incomodou-me. Chocou-me.
O filme é bastante forte e denuncia uma realidade (será? gostava de pensar que não) vivida dentro das clínicas psiquiátricas no Brasil (ou no mundo inteiro). Os tratamentos à base de comprimidos que em vez de ajudar, pioram a situação do paciente. A relação do Neto com os pais também não é a melhor. O pai é insuportável, só está preocupado com o que os outros vão falar. Quantos pais são assim? É um bom filme, foi uma experiência sensorial do começo ao fim.
O actor Rodrigo Santoro está perfeito para o papel de Neto. Gostei bastante da sua entrega. Transmitiu as emoções de forma muito realista.
Já viram? Gostaram?
O filme está disponível no Youtube.
É um dos meus filmes favoritos. O Santoro está impecável nele.
Essa foi a realidade das nossas instituições psiquiátricas durante muitos anos. Ainda bem que não mais.
Mas recentemente a comunidade médica tremeu pois um antigo diretor de uma dessas clínicas foi nomeado para coordenador da Saúde Mental aqui no Brasil, foi um reboliço. Infelizmente, parece que os esforços e protestos para revogar a nomeação foram em vão.
Aguardemos. 🙁
Esse filme é incrível. Realmente, dá uma angústia tremenda.
Ótima escolha! 🙂